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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Inchaço na Gravidez





Depois, as sandálias, que estavam levemente apertadas, passam a não servir mais.

Até os anéis e as pulseiras também podem ser aposentados temporariamente.

O inchaço, especialmente dos membros inferiores, costuma ser a causa de muitas queixas entre as grávidas.

A boa notícia é que na maioria das vezes o edema, como chamam os médicos, só causa desconforto e não deve ser motivo de preocupação.

O inchaço aparece por razões simples. Entre o final do segundo trimestre de gestação e o início do terceiro, o útero – que cresce acompanhando o desenvolvimento do bebê – passa a comprimir os vasos pélvicos, localizados na região pélvica. Com isso, o retorno do sangue fica prejudicado. O sangue sai do coração, segue para as pernas e os pés e, na hora de retornar para a parte superior do corpo, encontra resistência.

O volume de sangue circulante no corpo da mulher aumenta durante a gravidez – à custa de água. Por isso, se diz popularmente que o sangue fica ralo. Na verdade, a gestante retém líquido e ele se mistura ao sangue, deixando-o realmente diluído. Uma das conseqüências pode ser a anemia. A outra é que, quando o sangue encontra resistência para retornar aos membros superiores, essa água extravasa pela parede das veias, causando o inchaço de pernas e pés.

Cada gravidez é diferente da outra. Alguns fatores são comuns – a retenção de líquido, a compressão da veia cava (na região pélvica) e o aumento do sangue circulante. Porém, o inchaço pode aumentar quando a mulher está acima do peso, fica grávida de gêmeos (pois o útero fica mais pesado, comprometendo ainda mais a circulação) e se enfrentar temperaturas temperaturas elevadas ao longo do último trimestre de gestação.

Normalmente, o problema aparece nos membros inferiores, deixando pés, tornozelos e pernas inchados. Porém, o edema pode surgir na parte superior do corpo. “A alteração atinge todo o aparelho circulatório e, por isso, mãos, braços e até mesmo o rosto podem ficar inchados”, explica Luciano Gibran, ginecologista do Hospital e Maternidade São Camilo, pai de João e Bruno.

Uma série de fatores pode influenciar o aparecimento ou não do inchaço. O ideal é que a mulher se prepare até mesmo antes de engravidar, já que excesso de peso, tabagismo e alimentação desregrada colaboram para o surgimento do problema. “Mulheres com estilo de vida saudável, que estão dentro do peso ideal, não fumam, se alimentam corretamente e fazem exercício têm menos chances de inchar”, orienta Renata Lopes Ribeiro, médica do Hospital e Maternidade São Luiz, filha de Lia e Flávio.

De acordo com Renata, pacientes gordinhas e obesas já convivem com uma alteração do sistema circulatório e, durante a gravidez, a circulação do sangue fica ainda mais prejudicada. A idade da grávida e o número de filhosque a mulher já teve também são fatores de influência. Isso porque, com o tempo, a circulação passa a funcionar de forma diferente. E, a cada filho que essa mulher tem, mais prejudicado fica seu aparelho circulatório.

As mulheres que engravidam por meio de métodos artificiais também têm tendência maior de inchar. Segundo Isaac Yadid, especialista da Clínica Huntington de Medicina Reprodutiva, pai de Stephanie, Vicky e Daniel, isso ocorre porque é feito uso de hormônios. “Os níveis de estradiol e progesterona quase chegam a dez vezes o valor normal”, explica.

Mas há como contornar ou pelo menos amenizar o desconforto. A primeira dica é modificar a alimentação. Para reduzir a retenção de líquido, a gestante deve utilizar pouco sal no preparo de seus pratos. Para melhorar a circulação, a recomendação são as aulas de hidroginástica – duas vezes por semana para mulheres sedentárias – ou caminhadas. O uso de meia elástica de média compressão também ajuda. Ela deve ser colocada logo de manhã e retirada ao final do dia.

O inchaço costuma ser maior no fim do dia e nos dias mais quentes, principalmente quando a grávida fica longos períodos em pé ou sentada. Por isso, outra recomendação é que a mulher coloque as pernas para cima à noite durante uma hora. Basta colocar um travesseiro embaixo do colchão, deixando-o inclinado. Isso ajuda o sistema circulatório a funcionar melhor.

Por fim, parte dos médicos orienta as pacientes a fazerem drenagem linfática. Mas atenção: o ideal é que seja procurado um profissional habilitado a trabalhar com gestantes. Renata alerta que a massagem não pode ser feita na barriga, pois ela pode estimular a contração uterina, levando ao trabalho de parto prematuro.

Sinais de alerta

Apesar de na maioria das vezes o inchaço não representar perigo, os médicos sempre estão atentos a sinais que podem indicar problemas: inchaço maior do que o normal, ganho de peso muito intenso – mais de um quilo por semana –, limitação no movimento dos dedos das mãos, formigamento dos braços e dor de cabeça na região da nuca. Nesse caso, a gestante pode estar com algum problema renal ou sofrendo com pressão alta, que pode levar à pré-eclampsia.

Foi o que aconteceu com a publicitária Ana Lúcia Matuck, 36 anos, mãe de Ana Luiza. Até o sexto mês de gestação, elahavia ganhado mais peso do que o indicado, mas a gravidez corria tranqüila. Na passagem para o sétimo mês, Ana Lúcia começou a sentir pressão nos pés e nas pernas. “Um dia, no trabalho, olhei para os meus pés e eles pareciam dois pãozinhos”, conta.

A publicitária desenvolveu diabetes gestacional e teve pressão alta, o que a levou a modificar a dieta. Sua médica vetou tanto o sal quanto o açúcar. “Fiquei em choque. Minha ginecologista dizia que se eu não me cuidasse iria matar minha filha”, relata. Com as restrições, Ana Lúcia desinchou e chegou a perder peso no final da gravidez. Mesmo assim, entrou de licença antes do parto para garantir a saúde do bebê.

O inchaço costuma aumentar logo após o nascimento do bebê. “O sangue que a mulher compartilhava com a placenta volta para ela”, explica Renata. Ocorre o que os médicos chamam de “redistribuição do líquido”. Com o passar dos dias – com uma alimentação equilibrada e, principalmente, com a amamentação –, o edema tende a diminuir e, depois, acabar.

O inchaço não costuma deixar conseqüências, mas pode aumentar a incidência de varizes e hemorróidas. As mulheres que desenvolvem doenças durante a gravidez devem ficar atentas. Apesar de a diabetes gestacional e a pressão alta desaparecerem na maioria dos casos, o fato de elas terem surgido durante a gestação, época em que o sistema imunológico está em baixa, indica um tendência ao desenvolvimento dessas doenças ao longo da vida.

Fonte: portal.mksnet.com.br

INCHAÇO NA GRAVIDEZ

PERNAS INCHADAS, O QUE FAZER O QUE NÃO FAZER

Um problema muito comum na gravidez durante o verão é o inchaço nas pernas, chamado pelos médicos de edema. Se a segunda metade da gravidez ocorrer durante os meses de verão, o grau de inchaço nas pernas pode aumentar drasticamente.

Aqui está uma lista de coisas que devem ser feitas e que não devem ser feitas por mulheres com pernas inchadas durante a gravidez:

Faça

O ideal é usar a meia elástica, mas sabemos que é quase impossível no verão porque elas são muito quentes. Então, o melhor é que a gestante reserve 15 minutos depois do almoço e à noite para esticar e elevar as pernas. Use a meia na parte da manhã, normalmente o calor é menor e este procedimento já ajuda bastante.

Mantenha suas pernas elevadas enquanto você dorme com a ajuda de uma toalha ou cobertor enrolado debaixo do colchão ao pé da cama.

Habitue sempre a sentar com as pernas retas apoiadas em um banco ou cadeira, quando for assistir à televisão ou ler. Outra opção é esticá-las no sofá.

Use sapatos confortáveis e, se possível, use sapatos um número maior que o seu tamanho normal.

Caminhe duas a três vezes por semana durante as horas mais frescas do dia.

Remova os anéis se eles parecerem estar apertados. Algumas grávidas podem ter inchaço nas mãos e ter que cortar os anéis para tirá-los.

Não faça

Não use roupas apertadas.

Não fique em uma mesma posição por muito tempo.

Reduza, mas não elimine, o sal da dieta. O sal contém iodo, um elemento essencial para a saúde do feto.

Não tome diurético. Os diuréticos podem causar perda de eletrólitos e podem ser prejudiciais para o feto.

Fonte: www.novaimprensa.inf.br

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As vantagens de amamentar por livre demanda



Mais um motivo para você, mamãe, insistir em dar o seio. Você não precisa se preocupar em definir horários para a amamentação. Deixe que seu bebê decida e mame quando e quanto quiser. Entenda por quê.
Por Maria Luiza Lara

A mais recente cartilha de pediatria publicada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) arrematou antigas recomendações sobre cuidados com os bebês. Entre as indicações revisadas, e talvez a mais libertadora para as mães, está a que trata dos horários da amamentação. “A mãe é aconselhada a dar o peito sempre que seu filho solicitar”, explica Valdenise Tuma Calil, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SBP. Ou seja, não é preciso se angustiar com os choros famintos até que se estabeleça uma rotina alimentar. “Ele deve mamar quando e quanto quiser. Dessa forma, vai aprender a lidar também com a saciedade, o que reduz o risco de obesidade no futuro”, a pediatra avaliza.

Os pontos positivos

A nova orientação da SBP se baseia nas vantagens que a liberdade de horário na alimentação do recém-nascido traz. “Geralmente a criança que mama quando quer perde menos peso depois do nascimento e estimula mais a lactação da mãe”, explica Valdenise. Dessa forma, a descida do leite e a produção láctea são melhores e mais adequadas. A mamada livre também previne a dor e o endurecimento da mama pelo leite congestionado, além de colaborar para conter a ansiedade do bebê, que prejudica todo o processo. “Quando a criança vai ao peito com muita fome e vontade, é comum que ela machuque o seio da mãe”, completa Valdenise.

A recomendação de alimentar o bebê em intervalos regulares de três horas é mais adequada aos casos em que a criança está sendo alimentada com fórmulas infantis – como leite de vaca modificado. “Devido à composição e à difícil digestibilidade desses leites, o esvaziamento gástrico e a sensação de fome podem demorar mais”, explica Marcus Renato de Carvalho, diretor da Clínica Interdisciplinar de Apoio à Amamentação e coordenador do site www.aleitamento.com. “Na amamentação, é diferente: o leite materno é fácil de digerir, logo o bebê sente fome antes”, justifica o médico. “Recomendamos que os pais se esforcem para reconhecer os sinais de fome e aprendam a diferenciá-los de outros tipos de choro”, alerta Marcus. Foi o que fez a professora Adriana Luz, mãe da pequena Isadora. “Depois que passei a identificar o intervalo entre as mamadas, Isadora não teve mais crise de choro e eu não fico perdida, sem saber o que ela tem”, conta ela.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o leite materno deve ser oferecido até os 6 meses como o titular da alimentação. Depois, ele deve ser mantido, mas começa também a introdução de papinhas e outras alternativas, até que a criança complete 2 anos. No Brasil, os números indicam que essa recomendação está longe de ser seguida. “Em média, as mulheres conseguem amamentar apenas até os 2 meses”, relata Valdenise.

É preciso persistir

Diferentemente do que se idealiza, muitas vezes as mulheres se deparam com alguns desafios que podem desestimular a amamentação. Não raro, o bico dos seios racham e doem no começo, além do cansaço físico e emocional da mãe e a cobrança da sociedade e da família. Mas há motivos de sobra para insistir na prática. Para começar, os benefícios para a saúde do bebê, já que o leite materno carrega nutrientes e garante os anticorpos essenciais de que ele precisa. E a proximidade e o aconchego no momento da mamada reforçam o vínculo entre mãe e bebê. Sem contar, por que não?, o empurrãozinho que a amamentação proporciona na recuperação da forma da mulher depois do parto. Uma vez superados os obstáculos iniciais, tudo fica mais simples e gostoso.


Retirado do Site: Bebê.com.br