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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A paternidade muda o cérebro


Homens ficam mais atentos e acolhedores com a chegada do bebê
® Lesley Rigg/Shutterstock
Por muitos anos os pais atuaram como coadjuvantes na educação dos filhos, assumindo a tarefa de prover o sustento, só cuidando diretamente deles em casos excepcionais, quando a mãe estava impossibilitada de dar conta dessa tarefa. Para o homem, trocar fraldas ou dar banho em seu bebê era algo atípico e até constrangedor. Mas com as transformações sociais e culturais das últimas décadas, que tornaram a presença feminina no mercado de trabalho cada vez mais forte, a divisão de tarefas dentro de casa precisou ser revista. Hoje parece distante essa época. Os homens ganharam o dever – mas também o direito – de acompanhar de perto cada etapa do desenvolvimento dos pequenos. Muitos que não tiveram um modelo paterno de maior proximidade física e afetiva precisaram descobrir (às vezes a duras penas) um novo jeito de ser pai. Os ganhos, porém, foram inegáveis, tanto para os adultos quanto para as crianças.Hoje se sabe, por exemplo, que os homens influenciam as crianças de modo único: desempenham o papel de desafiá-las e instigá-las a desenvolver capacidades emocionais e cognitivas para enfrentar o mundo. Em um artigo de 1958, o psiquiatra britânico John Bowlby lançou uma ideia até então controversa, que ficou conhecida como teoria do apego: segundo ele, para se desenvolverem bem, todas as crianças necessitam de um relacionamento saudável e seguro com um adulto. Sua obra se atém à natureza do vínculo da criança com a mãe. No entanto, nos anos 70 surgiram os primeiros estudos realmente voltados para os pais: eles são tão capazes quanto elas de cuidar dos filhos. “Homens estão igualmente aptos a compreender o choro de seus bebês como sinal de fome ou de cansaço e responder a essa demanda da criança”, reconhece Bowlby. Diante de um recém-nascido irrequieto, adultos de ambos os sexos têm as mesmas respostas fisiológicas: alterações na frequência cardíaca, respiração e temperatura da pele. Assim como as mulheres, homens vendados conseguem distinguir seus bebês em meio a uma fileira de outros, numa enfermaria, apenas tocando suas mãozinhas. A psicóloga Anne E. Storey e seus colegas da Universidade Memorial de New-foundland, no Canadá, descobriram recentemente que o nível de testosterona dos pais diminuiu em um terço nas primeiras semanas após seus filhos terem nascido, uma mudança que sugere que o homem fica menos agressivo e mais acolhedor nesse período. Alguns representantes do sexo masculino podem até sofrer de depressão pós-parto: em uma avaliação de 2005 com 26 mil pais e mães, o psiquiatra Paul G. Ramchandani, da Universidade de Oxford, verificou que 4% dos homens apresentavam sintomas da patologia até oito semanas após o nascimento dos filhos.

Hoje se sabe, por exemplo, que os homens influenciam as crianças de modo único: desempenham o papel de desafiá-las e instigá-las a desenvolver capacidades emocionais e cognitivas para enfrentar o mundo. Em um artigo de 1958, o psiquiatra britânico John Bowlby lançou uma ideia até então controversa, que ficou conhecida como teoria do apego: segundo ele, para se desenvolverem bem, todas as crianças necessitam de um relacionamento saudável e seguro com um adulto. Sua obra se atém à natureza do vínculo da criança com a mãe. No entanto, nos anos 70 surgiram os primeiros estudos realmente voltados para os pais: eles são tão capazes quanto elas de cuidar dos filhos. “Homens estão igualmente aptos a compreender o choro de seus bebês como sinal de fome ou de cansaço e responder a essa demanda da criança”, reconhece Bowlby. Diante de um recém-nascido irrequieto, adultos de ambos os sexos têm as mesmas respostas fisiológicas: alterações na frequência cardíaca, respiração e temperatura da pele. Assim como as mulheres, homens vendados conseguem distinguir seus bebês em meio a uma fileira de outros, numa enfermaria, apenas tocando suas mãozinhas. A psicóloga Anne E. Storey e seus colegas da Universidade Memorial de New-foundland, no Canadá, descobriram recentemente que o nível de testosterona dos pais diminuiu em um terço nas primeiras semanas após seus filhos terem nascido, uma mudança que sugere que o homem fica menos agressivo e mais acolhedor nesse período. Alguns representantes do sexo masculino podem até sofrer de depressão pós-parto: em uma avaliação de 2005 com 26 mil pais e mães, o psiquiatra Paul G. Ramchandani, da Universidade de Oxford, verificou que 4% dos homens apresentavam sintomas da patologia até oito semanas após o nascimento dos filhos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sinais da mãe para o bebê...a comunicação entre mãe e bebê na Gestação

Conforme o feto cresce, ele está constantemente recebendo mensagens de sua mãe.E não se trata só de ouvir seus batimentos cardíacos e ou de as músicas que a mãe canta para seu bebê, mas também sinais químicos através da placenta.Cientistas agora confirmaram que essa comunicação química inclui sinais sobre o estado mental da mãe.Se a mãe está deprimida, isto vai afetar a formação como o bebê se desenvolve depois que ele já tiver nascido, inclusive fisiologicamente.
Ambiente estável
Curt A. Sandman e seus colegas da Universidade da Califórnia (EUA) agora descobriram algo inusitada: o que importa para os bebês é se o ambiente é consistente antes e após o nascimento.Ou seja, os bebês que se saíram melhor são aqueles que, ou tinham mães que eram saudáveis antes e após seu nascimento, ou mães que estavam deprimidas antes do nascimento e que permaneceram deprimidas depois.Condições variáveis retardaram o desenvolvimento dos bebês - uma mãe que passou da depressão antes do nascimento para um estado saudável depois do parto, ou uma mãe saudável antes do parto que passou a estar deprimida depois."Temos que admitir, a dureza desta descoberta nos surpreendeu", disse Sandman.
Participante ativo
"Agora, a interpretação cínica dos nossos resultados seria que, se a mãe está deprimida antes do nascimento, você deve deixá-la dessa forma para o bem-estar da criança," comenta o pesquisador."Mas uma abordagem bem mais razoável seria tratar as mulheres que apresentam depressão pré-natal," Sandman diz.
No longo prazo, ter uma mãe deprimida pode levar a problemas neurológicos e distúrbios psiquiátricos, diz o pesquisador.
Em outro estudo, sua equipe descobriu que as crianças mais velhas cujas mães apresentaram ansiedade durante a gravidez, o que muitas vezes vem junto com a depressão, apresentam diferenças em determinadas estruturas cerebrais.
"Nós acreditamos que o feto humano é um participante ativo no seu próprio desenvolvimento e está coletando informações para a vida após o nascimento," comenta Sandman. "Ele está se preparando para a vida com base nas mensagens que a mãe está lhe oferecendo."


Matéria retirada do site Diário de Saúde.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

HORMÔNIOS DA GRAVIDEZ ...As mudanças...

             



Gonadotrofina coriônica humana (HCG): é um hormônio glicoproteíco, secretado desde o início da formação da placenta pelas células trofoblásticas, após nidação (implantação) do blastocisto (*). A principal função fisiológica deste hormônio é a de manter o corpo lúteo, de modo que as taxas de progesterona e estrogênio não diminuam, garantindo, assim, a manutenção da gravidez (inibição da menstruação) e a ausência de nova ovulação. Por volta da 15ª semana de gestação, com a placenta já formada e madura produzindo estrógeno e progesterona, ocorre declínio acentuado na concentração de HCG e involução do corpo lúteo.
O HCG também concede uma imunossupressão à mulher, para que ela não rejeite o embrião (inibe a produção de anticorpos pelos linfócitos); tem atividade tireotrófica e também estimula a produção de testosterona pelo testículo fetal (estimula as células de Leydig a produzirem maior quantidade de androgênios), importante para a diferenciação sexual do feto do sexo masculino.

(*) O blastocisto é um estágio inicial do desenvolvimento embrionário, formado por uma camada de células denominada trofoblasto ou células trofobláticas que envolve o botão embrionário. Após a nidação o trofoblasto forma projeções na mucosa uterina chamadas vilosidades coriônicas, principais responsáveis pela produção de HCG.
Hormônio lactogênio placentário humano: é um hormônio protéico, de estrutura química semelhante à da prolactina e da somatotrofina hipofisária. É encontrado no plasma da gestante a partir da 4ª semana de gestação. Tem efeito lipolítico, aumenta a resistência materna à ação da insulina e estimula o pâncreas na secreção de insulina, ajudando no crescimento fetal, pois proporciona maior quantidade de glicose e de nutrientes para o feto em desenvolvimento.
Hormônio melanotrófico: atua nos melanócitos para liberação de melanina, aumentando a pigmentação da aréola, abdomên e face.
Aldosterona: mantém o equilíbrio de sódio, pois a progesterona estimula a eliminação do mesmo, e a aldosterona promove sua reabsorção.
Progesterona: relaxa a musculatura lisa, o que diminui a contração uterina, para não ter a expulsão do feto. Aumenta o endométrio, pois se o endométrio não estiver bem desenvolvido, poderá ocorrer um aborto natural ou o blastocisto se implantar (nidação) além do endométrio. Este hormônio é importante para o equilíbrio hidro-eletrolítico, além de estimular o centro respiratório no cérebro, fazendo com que aumente a ventilação, e conseqüentemente, fazendo com que a mãe mande mais oxigênio para o feto. Complementa os efeitos do estrogênio nas mamas, promovendo o crescimento dos elementos glandulares, o desenvolvimento do epitélio secretor e a deposição de nutrientes nas células glandulares, de modo que, quando a produção de leite for solicitada a matéria-prima já esteja presente.
Estrogênio: promove rápida proliferação da musculatura uterina; grande desenvolvimento do sistema vascular do útero; aumento dos órgãos sexuais externos e da abertura vaginal, proporcionando uma via mais ampla para o parto; rápido aumento das mamas; contribui ainda para a manutenção hídrica e aumenta a circulação. Dividido em estradiol e estrona - que estão na corrente materna; e estriol - que está na corrente fetal, é medido para avaliar a função feto-placentária e o bem estar fetal.

Texto retirado do blog da Professora Ana Luísa Miranda Vilela
http://www.afh.bio.br/reprod/reprod4.asp

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Proibição pela Anvisa das mamadeiras com bisfenol A no Brasil

É preciso ficar atentas para nova medida e assim proteger os bêbes que mamam e nem sabem desse perigo todo.Antigamente as mamadeiras eram feitas de vidro muito mais higiênicas na monha opinião, fiquem ligadas mamães. 
 A Anvisa(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou nessa quinta-feira a venda e fabricação de mamadeiras que contenham BPA(bisfenol A)Em todo o Brasil.
Estudos recentes
O bisfenol A está presente no policarbonato, uma substância utilizada na fabricação de mamadeiras e no revestimento interno de latas de bebidas e alimentos. O estudo indica que pode  provocar puberdade precoce, câncer, alterações no sistema reprodutivo e no desenvolvimento hormonal, infertilidade, aborto e obesidade, de acordo com pesquisas. apontam riscos  por estar em contato com essa substância.
A Anvisa levou em consideração o fato de o sistema de eliminação do BPA pelo corpo humano não ser tão desenvolvido em crianças até um ano.
 O principal substituto do policarbonato, nestes utensílios, é o polipropilenoOs fabricantes e importadores terão 90 dias para cumprir a determinação, a partir da publicação no "Diário Oficial da União". As mamadeiras fabricadas ou importadas dentro do prazo de 90 dias poderão ser comercializados até 31 de dezembro deste ano.

A substância já foi proibida na União Europeia, no Canadá, na China, na Malásia e na Costa Rica, além de 11 Estados norte-americanos.

Fonte de informação-Folha de São  Paulo

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Como agir diante dos palpites na gravidez







Amamentação pode salvar 1,5 milhão de crianças por ano

Amamentação pela vida
A amamentação exclusiva até os 6 meses de idade e complementar até os 2 anos poderia salvar a vida de 1,5 milhão de crianças anualmente em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A estimativa é que apenas 35% das crianças com até 6 meses de vida recebam exclusivamente o leite materno.
Na Semana Mundial da Amamentação, a OMS divulgou que mais de dois terços das 8,8 milhões de mortes anuais de crianças menores de 5 anos são provocadas pela subnutrição.
A doença está associada, inclusive, a práticas de alimentação inadequadas, como a mamadeira, nos primeiros cinco meses de vida.
Amigos da Criança
De acordo com a OMS, aumentar os índices de aleitamento materno é a chave para melhorar a nutrição de crianças em todo o mundo.
Os hospitais que receberam o título de Amigos da Criança, segundo o órgão, têm o potencial de oferecer a milhões de bebês um início de vida mais saudável.
No Brasil, uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde revela que os bebês nascidos nessas instituições mamam por um período maior do que as crianças nascidas em outras maternidades. Atualmente, 335 hospitais brasileiros têm o título, conferido pela OMS em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Alimento ideal
O leite materno é considerado pela OMS como o alimento ideal para recém-nascidos e crianças pequenas.
Ele é seguro e oferece ao bebê todos os nutrientes que precisa para um desenvolvimento saudável, além de conter anticorpos que protegem as crianças de doenças comuns na infância.
De acordo com a entidade, a falta de orientação e de apoio por parte de profissionais de saúde é uma das razões que levam mães a interromperem a amamentação poucas semanas após darem à luz.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Estresse e falta de proteínas na gestação afetam fortemente os bebês

 Retirado do Diário da Saúde




Falta de proteínas

Uma dieta com baixo nível de proteínas durante a gestação resulta em nascituros abaixo do peso normal, rins menores e com número reduzido de néfrons, as estruturas responsáveis pelo processo de filtração do sangue.
As experiências realizadas em animais mostraram que rins tinham 70% da capacidade de processamento em comparação a um órgão normal.
As conclusões são de uma pesquisa realizada pela professora Patrícia Boer, do Instituto de Biociências de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
"Estresses emocionais ou nutricionais sofridos pelas cobaias durante a gravidez provocaram alterações nos filhotes, que nasceram com fisiologia alterada", explica ela.
Problemas generalizados
O número menor de néfrons é acompanhado também de uma redução de receptores da angiotensina, peptídeo responsável pelo controle da pressão arterial. Com menos receptores, os rins não conseguem eliminar sódio o suficiente e o excedente se acumula nesses órgãos, gerando a retenção de líquidos e provocando hipertensão arterial.
Além do efeito sobre os rins, a restrição proteica ou calórica na gravidez pode ocasionar efeitos semelhantes em outros órgãos, como fígado, coração e até em partes do cérebro.
O estudo verificou que o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), estrutura cerebral associada à resposta ao estresse, também tem alterações nos receptores dos filhotes cujas mães sofreram estresse durante a gravidez. Como consequência, esses animais terão uma resposta exacerbada ao problema, apresentando mais impaciência e irritabilidade.
"Os fígados dessas proles também serão menores e, consequentemente, terão menor capacidade funcional. Haverá um número menor de células beta, presentes no pâncreas e responsáveis pela produção de insulina, o que aumentará o risco de desenvolver diabetes", disse Patrícia.
Adaptação ao estresse
Segundo a pesquisadora, as alterações no feto seriam uma maneira de a mãe passar características adaptativas para aumentar as chances de sobrevivência dos filhotes.
"Em um ambiente cheio de predadores, é constante o convívio com o estresse e importante que os filhotes nasçam prontos para ele", apontou. O mesmo ocorre em um cenário com pouca comida, no qual indivíduos menores teriam mais chance de sobreviver.
A professora cita estudos nos quais foram encontrados resultados semelhantes em humanos.
Nesse caso, uma pessoa que nasce com um rim de menor capacidade teria que adaptar sua alimentação e seu estilo de vida para que não sobrecarregue o órgão. Patrícia alerta para o fato de que ignorar essa situação poderia provocar insuficiência renal em idades precoces.
"O problema é que não há um diagnóstico que aponte essa situação. Um dos indicadores são bebês que nascem com baixo peso sem serem prematuros", afirmou. Segundo ela, ignorar essas limitações físicas é preocupante, pois, ao desconhecer essa condição, as pessoas atingidas acabam não se cuidando.
Fenótipo econômico
A motivação da pesquisa da Unesp veio da hipótese do fenótipo econômico, elaborada pelo epidemiologista inglês David J.P. Barker.
Segundo a hipótese, em um ambiente com condições nutricionais precárias, a mãe seria capaz de modificar o desenvolvimento do feto de maneira a prepará-lo para sobreviver em meio à escassez. Com isso, seriam gerados indivíduos com características fenotípicas mais enxutas, como órgãos e corpos em tamanho reduzido.
Antes dessa hipótese não se levava muito em conta o papel dos fatores epigenéticos, aqueles que provocam mudanças e que não estão no genótipo. "Acreditava-se que, quando se formava o zigoto, as informações genéticas estavam ali e todas as características já estariam determinadas", disse Patrícia. A hipótese do fenótipo econômico acabou chamando a atenção para as alterações que modificam as expressões genéticas sem alterar os genes.
Um exemplo conhecido da comunidade científica é o da enzima placentária 11 Beta-Hidroxiesteróide desidrogenase. Normalmente, essa enzima inativa os corticoides maternos para que não atinjam o bebê. Uma gravidez tranquila chega a manter gradientes de concentração de mil partes de glicocorticoides na mãe para somente uma parte no bebê.
Em situações de estresse, porém, cai a capacidade da enzima, expondo o feto aos glicocorticoides maternos, que são importantes sinalizadores do desenvolvimento fetal, pois promovem a maturação dos tecidos.
"Se traços dos glicocorticoides da mãe atingirem o feto prematuramente, os tecidos que estiverem sendo formados vão se diferenciar antes do tempo e não vão crescer o quanto poderiam", disse Patrícia.
Resultados humanos
Ao transpor os resultados obtidos com animais para seres humanos, a professora da Unesp especula sobre vários problemas nos quais o fenótipo econômico pode estar envolvido.
"Basta lembrar que as mães de hoje sofrem estresses bem maiores do que as de antigamente. Elas trabalham fora, têm dupla jornada e a alimentação também é um fator preocupante. Entre 30% e 35% das gestantes brasileiras são anêmicas", disse.
Ela também levanta outras questões sociais que podem agravar o problema. Um exemplo está nas favelas, onde a restrição alimentar e o estresse se fazem mais presentes e de maneira simultânea. "São Paulo, cidade mais rica do país, tem 20% de seus habitantes morando em favelas. Em Maceió, esse número chega a 50%", disse.
Restrição proteica
A equipe da Unesp está avaliando o período mínimo de restrição proteica necessário para causar uma alteração no feto, no caso, a redução de néfrons. Na pesquisa com camundongos, Flávia Mesquita, aluna de doutorado de Patrícia, observou que os primeiros 14 dias gestacionais de restrição alimentar (compatível ao 40º dia em humanos) são suficientes para provocar reduções de 28% no número de néfrons.
Patrícia esteve este mês em Portugal para avaliar os efeitos da dieta hipoproteica sobre a formação do cérebro. A contagem de neurônios e as ramificações dendríticas em regiões importantes para a aprendizagem, como o hipocampo, poderão indicar se o estresse gestacional tem um raio maior de alcance dentro do cérebro.
Um dos objetivos da pesquisa é gerar dados que subsidiem políticas públicas voltadas a resolver o problema da subnutrição entre as mulheres grávidas. "É preciso dar muita atenção ao problema da gestação no Brasil para que evitemos sérios problemas de saúde no futuro", alertou a cientista.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Exercícios na gravidez geram bebês mais magros





Bebês menos gordos
Grávidas que praticam exercícios leves durante a gestação podem melhorar a saúde futura da criança ao gerar bebês menos gordos.
A conclusão é de um estudo realizado conjuntamente por médicos norte-americanos e neozelandeses e divulgado na edição de março da publicação científica Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
Os pesquisadores das universidades de Auckland e do norte do Arizona analisaram 84 mulheres que passavam por suas primeiras gestações.
Em média, as mulheres que se exercitaram geraram crianças um pouco mais leves do que as mães que não se exercitaram.
Redução da quantidade de gordura
Os pesquisadores disseram que o exercício não influenciou no tamanho dos bebês, apenas reduziu sua quantidade de gordura.
A prática também não interferiu na reação das mães ao hormônio insulina, um mecanismo necessário na gravidez para assegurar que o feto seja alimentado adequadamente.
"Levando em conta que um peso maior ao nascimento é associado com maior risco de obesidade, uma redução modesta no peso do recém-nascido pode trazer benefícios a longo prazo para a saúde da criança", disse Paul Hofman, médico que liderou a pesquisa.
Dieta na gravidez
O estudo se soma a evidências cada vez maiores de que o metabolismo de uma criança no futuro é influenciado pelo seu ambiente na placenta e que bebês mais pesados em relação à sua altura têm chances maiores de tornarem-se obesos.
Muitos médicos recomendam que as grávidas não se alimentem em demasia e pratiquem exercícios leves regularmente.